Pesadelo!

Cego no errante vício caminhante,

Hirtas árvores erguidas aos céus,

Força da sorte nas tábuas cortadas,

Repouso caído, fechado por pregos,

Firmemente cravados no madeiro,

Onde o corpo do filho do homem,

Padeceu cravado por minha incúria!

Revolvo nos pés rubras folhas,

Gastas e desgastas no tempo,

Como escritas num passado,

Que se quer esquecido, apagado,

Sombras disformes, humanas,

No pesadelo assombrado do sonho,

Que um dia este mísero homem,

Ousou sonhar a felicidade!

Sirio de Andrade
Enviado por Sirio de Andrade em 09/06/2016
Código do texto: T5662242
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