Ébrio de Amor
Tu és, de minh’alma, necessidade
A derrotar qualquer adversidade
E esse bem-querer em mim entranhado
Há de ser teu glorioso principado.
Sem amor a vida não tem sentido.
Esse desejo não será perdido
E em agonia a alma vai matar tal sede
Na liberdade que teu amor concede.
Largo-me nessa afeição que embriaga
E assim esquecido de alguma chaga
Tenho, em meu viver, um dia mais ameno.
Teu sortilégio me faz mais sereno,
Tua graça provê aos meus olhos beleza,
Cá estou encerrado em tua singeleza.