Madrugada
Vou rasgando a névoa do breu
Enquanto revoam os vagalumes
O meu novo dia ainda não nasceu
Mas já respiro o seu perfume.
Vejo um clarão surgindo à frente
Como um lençol colorido
Raios de um farol reluzente
Atrás dos morros escondido.
Sei que a madrugada tá indo embora
Deixando suas pegadas discretas
Sob as vestes dessa aurora.
O sereno viaja nas folhas
E o solo recebe a coleta
Suaves pingos em forma de bolhas.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com