Ápices
Quando é noite a lua se veste
Para encantar os namorados
Da cidade ou do agreste
Trazendo um amor refinado.
Embora já namorasse a lua
E a traí com você
Foi naquela praça da rua
Que se entregamos sem vê.
Tive outros amores escondido
A sete chaves em segredo
Inadequado e proibido
Um romance que dava medo.
Feito o mito do destino
Amor supérfluo de adolescente
Que age por impulso como os felinos
Quando por dentro nem nada sente.
Brinca com o sentimento alheio
Desses momentos faz anedotas
Demonstra ser vazio de anseios
Um verdadeiro idiota.
Diferente daquele amor sensível
Que se enraíza aos poucos
Tornando-se inesquecível
Nos ápices românticos mais loucos.
O amor é mesmo um feitiço
De pele e alma poderosa
A doce ilusão do compromisso
De sussurros, censuras e prosa.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com