Jamira

Após a triste morte de Jamira,

Suspeito que nada mais seja igual:

Passional, irrestrito; Forte de dar dor no peito.

Com todo respeito, a morte enlaça nós.

Jamira é o que parte de dentro,

Todo mundo sente e não sabe explicar.

Dizem que Jamira é vida – ou razão dela –

Mas não acredito.

Falo e repito;

Após a triste morte de Jamira...

Além do mais, Jamira faz sofrer,

Ficar confuso, chorar, tremer...

Jamira se indefine como seu nome, como o querer,

E não se explica, não diz porquê.

Jamira coexiste em dois locais,

Ou mais.

Vive no mundo – ou deveria viver –

É porque é, sem se submeter.

É de homem e de mulher.

Jamira nem outono amortece.

Sobrevive, resiste e aquece.

Ninguém entende,

Nem pretende ir além;

De Jamira não se sabe extensão;

Tentar seria ilusão.

Alguns não acreditam

Porque é metafísica,

E o que não se comprova

Não se dá valia.

Na confusão lúdica da vida,

Onde nada se sabe

Nem se acredita;

Nasce essência de Jamira.

Thales Santos
Enviado por Thales Santos em 17/07/2007
Código do texto: T568009
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