PASSOS ETERNOS

Não sei mais em que trilhos

os teus passos levantam

poeiras adormecidas

em cores de terracota...

( Sei que os escuto

em ânsias de minuto,

e que os sinto passar

num rápido pisar,

num estranho batido

de um ritmo contido

mas fremente,

um correr diferente

como um grito de alarde

agitando a tarde,

evocando histórias

maiores que as memórias,

e falando de paixões

tolhendo corações,

e escrevendo nos dias

os ecos de outras poesias...)

Mas lá, onde eles passam,

uma aragem verde

nas copas das árvores,

denuncia os momentos

para sempre férteis

do que deixam dito,

rumando a sempre...

17/7/2007