Rosáceas
No perfume das rosáceas, dopei.
Alegrei com esperança iludida,
Face às enganações da loucura que tive e não notei.
Jaz aqui meu perigo,
Minha droga, meu veneno - Meu conflito.
Minha flora que venero - Meu abrigo.
És o cheiro que nego, a vontade que sinto.
O sopro da esperança falida de um aflito.
O pesadelo da ressaca
De um engano marginal.
Uma serventia à véspera da irrelevância,
Um devaneio sem esperança.
Um pedaço, um pouco de cada coisa:
Do delírio à segurança.
Uma cegueira necessária
Das mazelas da lembrança.