Rosáceas

No perfume das rosáceas, dopei.

Alegrei com esperança iludida,

Face às enganações da loucura que tive e não notei.

Jaz aqui meu perigo,

Minha droga, meu veneno - Meu conflito.

Minha flora que venero - Meu abrigo.

És o cheiro que nego, a vontade que sinto.

O sopro da esperança falida de um aflito.

O pesadelo da ressaca

De um engano marginal.

Uma serventia à véspera da irrelevância,

Um devaneio sem esperança.

Um pedaço, um pouco de cada coisa:

Do delírio à segurança.

Uma cegueira necessária

Das mazelas da lembrança.

Thales Santos
Enviado por Thales Santos em 18/07/2007
Código do texto: T569933
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