Poetas

Os poetas têm um destino; Não são felizes.

È certo que vez ou outra pintem alegria;

É tudo efêmero. Tal como a emoção que possuem.

Poetas são escravos de si.

De seus sentimentos e razões;

Pensamentos, morais e ilusões.

Sujeitos de palavras fáceis e fartas,

Das infames hipérboles,

Das fúteis parábolas de amor e compreensão.

Nulas, desapercebidas.Vãs.

Frustrados poetas,

Não sabem viver.

Não sabem o que é demanda,

Não sabem o que é prazer.

Pobres, nulos e fracos.

Tiranos das próprias armadilhas

Masoquistas das reuniões do eu,

Instrumentos pálidos da palavra.

Fáceis poetas como eu,

Vivem na textura da ilusão

De qualquer perigo que a paixão arremessa.

Infames abertos nas frases incertas,

Simplesmente poetas.

Morre de amores que está tudo perfeito,

Morra de amores que não tem mais jeito,

Definha, se humilha, se atrase; poeta.

Acredita, faz acontecer, deixe perder.

A vida é fácil,

Visão não interessa,

Seja poeta.

Thales Santos
Enviado por Thales Santos em 18/07/2007
Código do texto: T570420
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