MINHA MULATA


Essa escolha foi animadora para seres
Carentes como substituição sem ofender.
Um princípio devastador numa enganação
Duradora sem deixar rebentos nenhum.

Como se fosse um Deus Grego iludindo algo.
Não importa nada quando a minha mulata aceita
Sem constrangimento as coisas acontecerem.
Entretanto, outrem não suporta assim, acende,
Fogo total transborda carinho provoca prazer.

Minha mulata não é de pedra, pois se mexe,
Porém sem voz, ruído, monotonia não tem brilho.
Enquanto a flor de Liz resplandece conquistando.
Parece a rotina instalada sem recuperação.

Não faz mais nada como antes sem ação estagnou.
Como foi acontecer isso justamente agora?
Dizem que é melhor um pássaro na mão que,
Dois voando, então se acredita no dito popular.
Entretanto, seriam os dois na mão segurando-os.

Muitas vezes a chamo de Nega ela sente como carinho.
Outros não entendem assim, necessidade obriga.
Na minha mulata falta o sorriso da Flor de Liz jorrando
Satisfação na face alegre, mas minha mulata é paixão.
Assim, pois cumpre até o ritual da cor verde nas vestes.

Não o verde da esperança, mas satisfaz minha vontade.
Mesmo sem o tesão anterior minha nega sente ciúmes.
Minha mulata bem que tentei amar até o fim só engano.
Não existe a presença de minha mulata nas festas da
Fazenda, é uma guerra inteira, pois os íntimos rejeitam.


 

 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 23/07/2016
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