O réu
Essa baixa umidade do tempo
Tem feito minhas narinas arder
Quais todas as carruagens de vento
Sintomática que faz doer.
A poluição evolui nas madrugadas
Dificultando que a gente possa dormir
Caos das fábricas poeira e queimada
Qual pulmão irá resistir?
E esse sol que acorda bem cedo
Enfurecido cuspindo brasa
Sapeca a pele que provoca medo
Como se fosse fornalha dentro de casa.
Quantas minas correntes de agua cristalina
Que alimentava pássaros e canaviais
Morreram de repente numa triste sina
Outras estão doentes com problemas letais.
O homem é o réu e sabe disso
Destrói a natureza bem como a sua espécie
Só pensa em dinheiro negligente e omisso
Provoca ruínas e da sua vida esquece.
Ficou tão raro rever as matas
Aqueles inúmeros passarinhos fazendo seresta
Hoje vejo máquinas com discos cortando a terra como faca
Pelo foco da riqueza, alguém contesta?
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com