Azul, como o azul de sempre.
Ela sempre gostou do mesmo azul que eu...
Mesmo diante de tantas cores e tantos mundos,
o vermelho da caneta não se fez valer como as nuvens.
O verde dos gramados não se mostrou tão potente quanto,
o céu aberto de uma tarde qualquer.
Entre fugacidades,
ela sempre esteve aqui depois daquela noite...
Acasos e desfiladeiros de um descontrole
formado sobre o que é ser contido.
Sempre sentindo o passado engasgar a garganta,
pra fomentar abraços e desencontros
entre personificações que mesmo de tão longe,
olharam para o mesmo azul
e estiveram lado a lado.
Em reciprocidade, ela esteve sorrindo sozinha,
enquanto meus olhos estavam abertos...