Azul, como o azul de sempre.

Ela sempre gostou do mesmo azul que eu...

Mesmo diante de tantas cores e tantos mundos,

o vermelho da caneta não se fez valer como as nuvens.

O verde dos gramados não se mostrou tão potente quanto,

o céu aberto de uma tarde qualquer.

Entre fugacidades,

ela sempre esteve aqui depois daquela noite...

Acasos e desfiladeiros de um descontrole

formado sobre o que é ser contido.

Sempre sentindo o passado engasgar a garganta,

pra fomentar abraços e desencontros

entre personificações que mesmo de tão longe,

olharam para o mesmo azul

e estiveram lado a lado.

Em reciprocidade, ela esteve sorrindo sozinha,

enquanto meus olhos estavam abertos...

João PS
Enviado por João PS em 27/07/2016
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