AS AMANTES DO MEU AMOR...


Por incrível que pareça não foi a minha primeira
Preocupação, pois já estava acostumada com uma
Hoje, outra amanhã e depois meu grande amor ligava,
Sabendo se eu estava com raiva, mas nada prejudicava.
Realmente só nas noites depois da Federação chegava.

Dizia estar doente para eu seguir ao seu AP.
E nós começávamos tudo de novo, pois não havia,
Pessoa a nos perturbar então renovava a energia.
Outras horas queria saber se o aceitava de volta,
Pois no momento a que buscava os remédios faltava.

Como o corpo feito carne e unha ou alma gêmea,
Jamais importância ao fato já que viria satisfazer desejo.
A preferência da experiência estava no meu jeito.
Havia amantes de todas as cores, loirinha, mulata,
Parda, até pretinhas, mas a sua intenção era a refeição.

Nenhum motivo nos desiludia, pois na fartura da
Sobremesa saia os mais quentes afagos nossos.
Abria mão do carnaval ou qualquer outra festança,
Contribuía para minha liberdade eventual, confiava.
E as outras? Ficaram na saudade por não lidar como eu.

Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 05/08/2016
Reeditado em 06/08/2016
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