A Paixão e o Amor VII

O amor...
Sentimento mais delicioso no mundo dos abstratos.
Sinto alegria incontrolável quando penso no amor que por você há em mim.
O amor por meus filhos, o brilho que escapa de seus olhares que me pedem e doam carinho.
Esse sentimento aconchegante que une a aflição da necessidade ao prazer da presença.
Um sentimento que brilha nos olhos e nos sorrisos daqueles que amam e naqueles que são amados.
Uma alegria imensurável que nos realiza diante das realidades cruéis de nossos dias.
Amar... Puxa, como é gostoso te amar! Amar os sonhos, nossos momentos...
Sinto saudades de nossos momentos...
Saudades carregadas de carinho e sorrisos, mesmo quando por apertos nós passamos.
Lembro do seu sorriso amadurecendo ao meu lado.
Lembro de nossos momentos nos jardins de nossos dias.
Lembro das tormentas.
Lembro dos dias seguintes.
Lembro de nossa cama. Nossa! Mas será que este outro sentimento que agora me invade ainda é amor?
Como, que sentimento?!

Este sentimento febril que abala
Estremecendo as pernas da alma.
Que deixa marcado onde resvala,
E que derrete toda minha calma.

Aflição que da cama faz senzala,
Ao doar à inocência um trauma.
Que sonha o olor que tua flor exala,
E que ao ver-te nua bate palma.

Ah... este amor que em chamas arde,
Que a libido com furor invade,
E faz de cama o sofá e o chão...

Não falo de sonhos ou de saudade,
Nem de ternura ou eternidade,
Não, não falo de amor, mas de paixão.