Os quatro elementos.

Frágil e indecisa,

Fluida ela é...

Percorre águas revoltas

Vai contra a maré.

Sucumbe no ato,

Regurgita sem fé

Ser mar não suporta.

Melhor ser regato

Ali onde dá pé...

Onde brincam crianças

E velhos descansam...

Mas logo ela cansa,

E voa qual libélula.

Nos ares respira,

Nos ares se inspira,

Nos ares quer amar...

Mas qual, logo cansa,

E feito criança,

O fogo quer buscar.

É no fogo que dança,

E busca esperança

De se encontrar.

Mas qual, logo cansa,

E busca a terra,

E chove na alma,

E aninha-se na lama,

E dança e canta,

Até repousar.

Então cerra os olhos

Desiste de tudo

E fica na lama

Até o sol chegar

E o corpo morto,

Tentar ressuscitar.

Jeanne Geyer

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 14/08/2016
Código do texto: T5728605
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.