877 Relicário do Subconsciente – VISITAS*

Relicário do Subconsciente – VISITAS*

O Alexandre me visitou.

Era madrugada.

Ele veio nas brumas veladas.

Estava bonito e jovem. Estava feliz.

Disse-me que sempre está no sítio onde revive sua infância.

...sorridente foi embora.

Na noite escura seguinte ele voltou

E respondeu a uma pergunta que eu tinha feito.

Disse que ele e os outros visitam-me para meu bem.

...e no quarto escuro estava o Nelson em postura de guardião.

Estava jovem. Estava bonito. Estava me vigiando.

Olhei e ele se foi envolto na escuridão.

A resposta de Alexandre suscitou-me outra indagação:

Como que sonhar com meus mortos pode ser bom para mim?

Será que é assim que mato as suas mortes?

Será que é assim que mato suas ausências?

Será que é assim que mato suas saudades?

Angustias. Angustias. Angustias.

Recrio a vida para entender a morte.

*o autor deixa claro que quando escreveu isto passava por doenças da tireoide e estava cercado por esotéricos e religiosos que buscam suas paranoias para explicar o real (Fujam destes LOUCOS!!!). Recomenda também, para quem passa por estes “Momentos Poéticos”, buscar antes um ENDOCRINOLOGISTA a um psiquiatra (só vai recitar psicotrópicos e nada resolver). A resposta está na RAZÃO e não na EMOÇÃO.

Nardo Leo Lisbôa

Barbacena, 03/12/2000

Caderno: Poesia Efervescente.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 17/08/2016
Reeditado em 14/09/2016
Código do texto: T5731037
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