Anjos Da Rua
Nas ruas das cidades vagam anjos de tez riscada pelo rigor
Marcados por uma existencia de miséria e ao desabrigo da lei
O acaso e o jeito os conduzem pela avenida
Libertos de ter que evoluir pela condição humana
Se alimentam do que podem das sobras
E por carinho uns nos outros se amparam
Como cães abandonados que se tornam ladinos
Pelos que tem casa e pão são percebidos
O seu sorriso não conta na soma do ganho social
Nem quando um deles desaparece da contagem
Tão pouco se todos não são mais os mesmos
Afinal quem notou
Que mudou na tez
De lugar o risco