890 ENCOMENDA

ENCOMENDA

Pediram-me

para eu poetizar

por encomenda

– como quem encomenda um artefato –

POESIA

não é produto.

– é ser, é fada, é deusa –

Ela chega me invadindo ganhando corpo

– o meu e o do texto .

Invade a mente e toma minha mão

– como a amante romântica ao do amado –

Aprecio a sedução.

Quando me encomendam

– às vezes –

faço.

Faço por dó.

Faço por esmola.

Nardo Leo Lisbôa

Barbacena, 08/12/2000

Caderno: Poesia Efervescente.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 22/08/2016
Reeditado em 14/09/2016
Código do texto: T5736098
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