O epilogo de um romance inacabado

Na hora da despida somos assim

Rejeitamos de qualquer maneira o fim

Um pé na frente um passo atrás

Na hora da despedida tudo se transforma

A gente aceita mais não se conforma

Tudo é solitário por demais

Na hora do adeus somos crianças

Choramos por picuinhas e implicâncias

Desconfortos de um coração sofrido

Na hora do último abraço derradeiro

O salivar de um beijo perde seu tempero

Bons tempos ou tempos perdidos

Na hora da cruel despedida

Certezas embaralhando as duvidas

Dois corpos completamente dilacerados

Pedindo mais um pouquinho colo

Pedindo um simples até logo

Nesse epilogo de um romance inacabado

Slipswell Roque
Enviado por Slipswell Roque em 30/08/2016
Código do texto: T5745158
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