AIDA
Era sombrio, era sorte, era raso era a morte
E agora engasgada, sem dizer, muda, mais nada
Escuto o barulho tão longe do mar
Que me chama, implora e quer me levar
Nas vagas miragens que o vento desenha
Se tanto demoras, melhor que nem venhas
Aqui neste nado sinto a onda tragar-me
Não é nada, é a sina é a vida que parte
Vai embora, sem demora e não volta mais de marte
Não retorna a este mundo, medonha quimera
Não te atrela aos corpos, nem implora por asas
Não cavalga os comboios ninguém mais te espera