916 Sina de Amantes Condenados

Sina de Amantes Condenados

Um dos momentos mais bonitos é quando pela manhã a Lua prateada branca pode olhar o Sol amarelo à distância.

Os dois amantes condenados jogam beijos um para o outro.

Esquecem-se de seus amásios , ele a Terra e a Montanha e ela o Mar e o Vale.

Por breve tempo lembram-se do que são: Eternos Amantes Condenados.

Ele se torna intenso e dourado e ela esvaece-se na profundidade do azul celeste.

Percorrem o mesmo caminho e nunca se encontram.

Se veem pela manhã para não se esquecerem de sua sina.

Ele volta a cortejar a Terra e a Montanha dando-nos vida.

Ela retornará para tocar de leve o Mar e o Vale dando-nos o sono.

Nardo Leo Lisbôa

Barbacena, 01/01/2001

Caderno: Poesia Efervescente

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 04/09/2016
Reeditado em 14/09/2016
Código do texto: T5750252
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.