O Dorso das Manhãs
A bulha originada pelos carroceiros
Ainda quando mal quebra a barra da manhã
Junta-se ao dobrar dos sinos da Catedral
A alvorada se faz anunciar de maneira sã
E abençoada pelo vozerio dos pregoeiros
Ajuntados em barracas no muro lateral
Vistosamente o mar se aquieta, ainda dorme
Para mais tarde, refeito, sacudir a ponte do cais
Apascenta as águas de um verde-esmeralda
Aquecendo-se ao sol matutino, onde mais e mais
Ronrona e repousa no seu leito de porte enorme
Estendendo-se até das montanhas distantes a falda
Repicam os sinos, o campanário parece estrondar
Os fiéis elevam, estendem seus braços ao azul do céu
As geminianas e alvas torres apontam o caminho
O movimento dos feirantes alvoroça o escarcéu
Viandantes compradores irrompem de todo lugar
As crianças aglomeram-se todas em um só cantinho
A fortaleza que dá abrigo do exército ao batalhão
Há muito recebeu o toque para o reconhecimento
Dos militares dispersos na alfombra verdejante
As salvas ribombam espalhando som no momento
Em que os operários faziam o seu próprio mutirão
Agrupados tais quais os soldados na aurora rompante