* Recuso-me *

" Perco-me em pensamentos enclausurados.

Abafados,

É a sombra do medo que apavora.

Feito casebre abandonado,

Somos almas perdidas em olhares distantes.

Medo que torna o evidente,

Momentâneo é o ser!

Transformando tudo em instante.

Deixando frestas,

Arrastando arestas,

Digerindo a pergunta do que poderia ser.

Maldito medo que assola de silêncios profundos.

Calo-me diante de tua soberba.

Pois sois hoje quem és.

Hoje!

Não mais que hoje.

Recuso-me carregá-lo por longes léguas.

Tua bagagem torna-se pesada a cada passo dado.

Sois fardo!

Abastado de amarguras.

E pelo cansaço de tempos vazios.

Tornar-me-ei a esperança do amanhã,

Vestida com as asas da Fênix que paira sobre mim.

Abraço -me.

Na certeza de que para todo recomeço,

Não cabe teu nome.

Fantasma,

Sois tu.

O medo.

Agridoce P
Enviado por Agridoce P em 19/09/2016
Código do texto: T5765945
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