INSENSATEZ

A insensatez povoa os meus dias

A seda rasgada nunca me enganou

Na dança do tempo ouço a melodia

Da sereia etérea do eterno amor

Vivo cada dia a esperar o outro

Na escada bamba da desilusão

Tento alcançar algo que acho já morto

Mas um degrau é sim, um degrau é não

E assim, atônita neste sobe e desce

Resvalo, escorrego e caio no chão

Qual botão de rosa que cedo apodrece

Mais um dia acaba na escuridão

E eis que a lua, a sereia nua

Se cala e me encara num cínico esgar

Diante da dor que se perpetua

Some entre nuvens sem se apiedar

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 24/09/2016
Código do texto: T5771259
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