O íntimo da loucura

Não sei se me abdico

Ou dedico-me a você

Quanto mais eu insisto

Sinto que é preciso

Olvidar para entender

Que a sua sapiência

Invade a existência

E vai além do teu viver

Quanta diversidade

Hipócrita lealdade

Desnuda de prazer

Vejo-te mais que carne

Tua áurea é uma arte

Que perdura o prazer

Sinto os teus beijos

E o teu desejo

De transformar o meu viver

Embalando-me com os teus versos

Transportando-me ao universo

Ao teu bel-prazer

E quando enfim nós partimos

Deixaremos nos escritos

Que a loucura é um corisco

Um relâmpago que ninguém ver

E tem um gosto amargo

De um sangue envenenado

Que foi contaminado

Na hora do prazer

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 26/09/2016
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