Nessa vida de aparências

Neste dia

Onde o excesso de escuridão impede de ver a luz do dia

Acusámos à noite

Julgamos a sua revolução

Revolução viva através do escuro inventado

Quando fechámos os olhos em pleno dia

E no dia consumado.

Solta-se a melodia a acompanhar

Aprisionam-se as ondas noturnas

O som vagaroso do mar

É desse mar que provêm as lágrimas

Quando emoção indefinida deseja atuar.

São noites em que o muito acontece

A dicomba do negócio noturno

O clima luandense favorece

O sucesso vagabundo dos noturnos

Também são noites de lastimas

Noites em que o templo do senhor é desrespeitado e usado como prostíbulo móvel.

E nessas noites sinto a escuridão afastada

Devastada

Húmida e densa

Com cheiro a maluca

E elevo-me

As estrelas

Em glórias pelas velas acesas

Pelas metáforas e ironias

Elevo-me na imaginação

Nessa vida de aparências!

Miranda JP
Enviado por Miranda JP em 27/09/2016
Reeditado em 12/10/2022
Código do texto: T5773710
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