Poema em linha torta

Poema em linha reta

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Nunca conheci quem tivesse levado porrada.

Todos os meus conhecidos tem sido campeões em tudo.

do mestre: "Fernando Pessoa".

Poema em linha torta

Contemplar o perfume da flor

Sentir amor

Ciúme

E zelo.

Na língua do Sol

A parte mais íntima da Lua

E tímida das estrelas

Que observam a nudez dos dois em silêncio

Numa agonia de dentro

Pela longevidade e a distância que os separa.

A andropausa do vento

Agonizando no ar

O calor do vento em si

Parecendo que vai eclodir e explodir

Ao mesmo tempo

De dentro da minha mão.

LIBERDADE!

Solto da mão, o vento

Que feito filme de ficção científica

Se transforma em pétalas

Barco em velas

Sendo levados para a reconstrução de Hiroxima.

Volto a nave do tempo

Adentro novamente no tempo, para o tempo de hoje.

INJUSTIÇA

A injustiça continua a mesma, ou pior ainda!

A fome e a sede, a terra árida e a poluição

Se confundem com a falta d'água e a miséria de uns com o poder de outros tantos. Aqueles que vivem de costas para o planeta e moram de frente para o mar...

CONTRASTES!

Existem tantos contrastes, que me falta o ar!...

Saio para respirar, e em cada passo que dou um mendigo faminto, um cão tentando achar comida no lixo, onde foi encontrado um bebê, deixado pela própria mãe adolescente.

Esse plano, que vivemos, nós terrestres, deixa pasmo os mais sensíveis, os mais incautos e insólitos e até mesmo os mais ríspidos. (foram tocados um dia)!!! Ou senão não seriam humanos.

HUMANIDADE!

A humanidade está parecendo um conto de ficção científica.

No olhar da Águia

No olho do furacão

Destruição maldita, plena e absoluta.

Ouve-se alguns sussurros de vozes soterradas entre os escombros.

O restante é angustia e silêncio, no olhares incrédulos, repleto de poeira!

Depois um grito fica ecoando, ecoando, ecoando, como se não fora um grito. Mas uma dor agonizando no hábito do hálito, do revés, do revés, do revés, do grito!...

REFLEXÕES!

Volto para outras reflexões

Nos reflexos da manhã

Que ainda exala diversos cheiros e aromas.

A fumaça dos cigarros cigarros tragados pela narinas da noite

E que deixaram a madrugada entorpecida...

ABSURDO!

Nos leitos dos hospitais, sussurros de dor, sem morfina.

A rotina diária, ápice desse enfadonho cotidiano

Que exalam mal odores submersos, vindo dos bueiros.

Como se eu me sentisse dentro deles, escuto passos e mais passos, formando aglomerações no sub-solo, onde habitam os ratos.

Ratos se misturam as pessoas, como se fizessem parte de uma só comunidade.

Nos porões e na sacada d'alma e no azedume dos olhares perplexos, de quem acabou de acordar, com a cara amarrotada e ainda procuram incessantemente o brilho das estrelas.

POESIA!

A Poesia me degola

Me arranha

Me mata

E ressuscita.

Tony Bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 15/10/2016
Reeditado em 15/10/2016
Código do texto: T5792315
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