A Hora da Vida

É segredo, o que não é liberto.

E insano, o que não é igual.

É cego o que não vê

E nulo o que não é visto.

É cansado o que faz

E indigno o que deixa ser feito.

É feita de mortes a hora da vida,

Que torna podre o nobre amor.

É triste o que está perfeito

E desvairado o que busca.

É tão inusitada a existência,

Pois sempre nos deixa sós.

É pérfido o criador,

Que fez tudo para seu deleite.