ESPERANÇA

O meu presente é o meu passado

Instintivamente sempre o procurei

Pois o que tenho de melhor ali ficou guardado

Trazê-lo agora? ... Eu não sei

A minha alegria lá ficou

Minhas esperanças, meus juvenis anseios

Busco a cada momento o que restou

Ausculto e invado em tátil meios

Minh’alma vagueia em orbe louca

Sufocada em transe anseio

Meus gritos se calam em minha boca

Num paroxismo que eu mesmo não sei

De que adianta fazê-lo agora

Se aqui não é mais meu lugar

Ah se eu pudesse em qualquer hora

Em transmudo rutilante ao meu passado voltar

Múcio Amaral da Costa
Enviado por Múcio Amaral da Costa em 21/10/2016
Código do texto: T5798615
Classificação de conteúdo: seguro