Da Janela

Dividi com a chuva

a solidão da janela.

Foi quando vi

um horizonte ser colhido

na palma da minha mão.

Reverti em sol

a insensatez do meu olhar.

Foi quando avistei o eu - casulo

Enfim, borboletear.

E o que era a morte

Era a Vida.

Morta-Viva a borboleta:

pensando todas as suas cores

serem, sem pretensão,

espalhadoras de Amores

no seu pequenino mundo - vão.

... Pousou feliz numa flor em botão.

Karla Mello

29 de Abril de 2016

Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 03/11/2016
Código do texto: T5812159
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