Era flor era anjo
Chamavam-na de flor
E ela nunca protestava
Só sorria...
O cabelo tal qual um jardim
trançado de margaridas
Os pés valsavam descalços
Pelos campos floridos...
De onde viera
Para onde iria
Nem ela sabia.
Nascera livre como os pássaros
E solta como o vento.
Seu rosto tão lindo
Quem o olhasse, emudecia
Queria a vida ser tão simples como aquela menina!
Descomplicada como as gentilezas que fazia.
Um dia, porém acharam-na morta no capinzal.
Parecia que sorria apenas adormecida.
Muitos juraram que a natureza a levara
Outros, que o mundo tal beleza inocente não merecia.
Criatura em forma de anjo.
Borboletas voltearam seu corpo
Como se a mais bela flor ali fosse jaz seu descanso.