INSTINTOS

Embalado no silencio da escuridão do cais

Vou desfazendo meu próprio caminho

Reinventado na força do novo desafio

Volto seguido pelos meus próprios sinais

Vou sonhando sem os planos de outrora

Vou vivendo sem saudades do futuro

Sempre fugindo de algum porto seguro

Sempre buscando a solidão da gloria

Não quero mais migalhas de luz

Não quero mais do tempo esmolas

Devorando voraz as duvidas e as horas

Sigo arrastando minha justa cruz

São devassos os meus desenganos

Medos pervertidos, libidinosos

Instintos primitivos, cavernosos

Desejos animalescos e insanos.