Amor

Pela estrada eu ia na minha imensa alegria.

A aurora a mim nasceu e começou o meu dia.

Daí eu vi, percebi, algo de longe seguia, nas sombras ao meio dia

ou de noite me envolvia, mas este algo eu queria que se afastasse de mim.

Queria viver meu dia sem as interrupções, se jogar nas ventanias das juventudes manhãs, me deleitar sempre ao dia, nas noites me extravagar. Beber, dançar e amar com os amores que eu tinha e com os que eu queria.

Após às 11 do dia o sol a calcicar, o enfado aparecia, mas eu mesmo não queria não queria me entregar. Eu resistir preferia do que me amolengar, daí o meio dia às 12 a badalar. O almoço ser servido e as forças renovadas, daí saia pra vida pra vida desgovernada e aquele algo seguia como quem nada queria.

Que coisa incomodante, insistente e paciente ficando de mim distante como quem de mim soubesse que se mais perto viesse eu iria me espantar, como alguém que sabia que bem pra longe mais eu ia se ousasse se aproximar, porque em qualquer momento ou em qualquer movimento que viesse manifestar eu disparado corria, de sua vista me escondia por não querer suportar.

Assim passou o meu dia o sol já frio e gelado querendo também se pôr e eu cansado gemia, já não tinha a alegria nem brilhava como a flor, meus amores que passaram e de mim nada levaram e nada em mim ficou, somente um moribundo na rede a gemer no fundo do poço que me restou.

Na beira do poço em cima pra baixo algo olhou, de baixo olhando eu pra cima no meio dessa distancia nosso olhar se encontrou um riso dele saiu, meus olhos viraram rio das águas que derramou, algo de cima desceu, nos braços colocou eu do fundo me levantou.

Eu disse: algo você seguia-me de manhã e quanto mais insistia nessa sua teimosia que sempre você seguia de longe me perseguia porque nunca me alcançou? Algo tristonho dizia: porque ainda era dia e você só conseguia andar sem se lamentar, embora que eu queria me aproximar algum dia pra poder me apresentar, então você percebia e tomado de agonia sempre e sempre fugia. Então tive de esperar até você se cansar fosse noite ou fosse dia e agora nesta agonia inda terei a alegria de poder te libertar das tuas meditações, das tuas perturbações, dos teus mais escuros dias pois antes deste teu dia na cruz bem longe algum dia alguém por você morria, por isso não desistia e sempre sempre insistia porque deveras sabia que este momento eu veria e com você viveria minha sonhada alegria.

Foi depois deste momento que meu sol não mais sentia agora uma noite fria que sobre mim se estendia fui me deixando, me entregando nos braços do algo qu'eu só soube qu'era o amor na hora do sol se pôr pra minha eterna alegria.

A noite é fria, mortal, escura sem piedade, mas algo em mim nasceu e uma luz acendeu minha noite virou dia e agora vivo eu para de Deus alegria. (...)

CARLOS JAIME
Enviado por CARLOS JAIME em 26/11/2016
Reeditado em 26/11/2016
Código do texto: T5835046
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