O Gênio Incompreendido

Vivo fora do espaço, do tempo

Eu e mais eu, de mãos dadas com o vento

Ora deito lágrimas, ora solto gargalhos

Amo estar no serviço, odeio fazer trabalhos

Pensamentos deixam a cabeça pesada

Na minha boca mora uma multidão de palavras

Quero livrar-me delas, não pagam renda

Saem quando querem, desobedecem a minha regra

Estou embriagado de raiva, farto com o fardo

Cansado de andar na estrada que me leva ao nada

Amo a vida, mas a morte me deixa excitado

Sou eu o palhaço deste circo, por favor dêm risadas!

Elas me acham esquisito, eles dizem que sou demente

O mundo detesta gente diferente

Tudo bem, alegrem-se, festejem quando eu partir

Porém saibam, eu jamais desejei ficar aqui.

Kamba Kabeto
Enviado por Kamba Kabeto em 01/12/2016
Reeditado em 15/01/2021
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