Lágrimas e sorrisos

A árvore perdeu seus galhos
Por falta de melhor zelo
Perdi meu lugar preferido
De passar longo tempo embaixo da árvore
Para usufruir das tardes sombrias e ventiladas
Os galhos foram removidos não sei para onde
O caule da árvore
Sem os galhos e sem as folhas
Fez abrir um clarão
No meio de tantas outras
Que enfeitavam o pomar
Passado algum tempo da devastação
Ao me aproximar do caule da árvore
Percebi que uma resina escorria constantemente
Posso comparar tal resina
Com lágrimas derramadas pela árvore
Entristecida com o que lhe fizeram
Como sou protetor da natureza
Resolvi me juntar a um grupo de defensores ambientais
Na tentativa de recuperarmos a árvore
Para que ela voltasse a ter novamente galhos e folhas
Também se capacitando a produzir frutos
A resina parou de escorrer
Os galhos começaram a ressurgir
As folhas retomaram seus espaços
Eis que nasceram algumas flores
Prenúncio de produção frutífera
A árvore estava imponente
Numa bela tarde de inverno
Aproximei-me da árvore
Constatando a presença de frutos
Informei as outras pessoas
Que esperavam pelo resultado
Mostrei a todos o que acontecera
Nossa árvore foi revigorada
Tudo é verdade
Não estou de brincadeira
Agora posso revelar o elemento oculto
A que família ele pertence
A árvore destacada nesta prosa
É uma frondosa mangueira.
 
Paulo Vasconcellos
Enviado por Paulo Vasconcellos em 09/12/2016
Código do texto: T5848350
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