Espermatozóide...
Espermatozóide...
Um dia sagrado, um agrado.
Era qualquer lua, qualquer nua
Qualquer hora dessas,
Fui gozado, engraçado...
Correria... De qualquer jeito
Eu correria pra casca do ovo,
Saltei para fora das pernas
Doeu a luz nos olhos,
O ar na pele também era dor,
Só o amor não doía
Pois era o amor de Maria.
Quantos bilus tetéia enfrentei...
Chorei da boca pra fora
Sem saber do aqui e agora...
Por amor, pela dor...
Uma dor que eu nem sentia
Se sentia não era dor
Era o amor de Maria...
Hoje, não mais gozado,
Tampouco engraçado...
Voado fora das pernas,
Lançado ao ermo das cavernas,
Um espermatozóide adulto
Que desacredita o papai Noel...
Então não é mais natal...