Espermatozóide...

Espermatozóide...

Um dia sagrado, um agrado.

Era qualquer lua, qualquer nua

Qualquer hora dessas,

Fui gozado, engraçado...

Correria... De qualquer jeito

Eu correria pra casca do ovo,

Saltei para fora das pernas

Doeu a luz nos olhos,

O ar na pele também era dor,

Só o amor não doía

Pois era o amor de Maria.

Quantos bilus tetéia enfrentei...

Chorei da boca pra fora

Sem saber do aqui e agora...

Por amor, pela dor...

Uma dor que eu nem sentia

Se sentia não era dor

Era o amor de Maria...

Hoje, não mais gozado,

Tampouco engraçado...

Voado fora das pernas,

Lançado ao ermo das cavernas,

Um espermatozóide adulto

Que desacredita o papai Noel...

Então não é mais natal...

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 19/12/2016
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