ORGULHO E HUMILDADE

Muito soberba uma roseira em flor,

toda colorida de um vermelho vivo,

ostentava com orgulho desmedido

suas rosas de exuberante beleza.

No jardim, reinava e se fazia impor

sobre um humilde cravo submisso

aos caprichos de suas lindas rosas,

que de viés miravam dele a singeleza.

Um vento muito forte sacudiu a roseira

e do cravo dobrou somente a haste fina

que ao reerguer-se com a corola inteira

lastimou, da pretenciosa, dura e triste sina.

Despetalada foi atingida em sua fraqueza.

Tentou. Não resistiu a intempérie repentina.

Marcos Costa Filho
Enviado por Marcos Costa Filho em 08/01/2017
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