Não me Importa a Ira dos Ventos
Não se zangue a ira dos ventos
mas preciso velejar
partir para mares distantes
praias desertas
e tu irás comigo
Veste teu chapéu e os óculos escuros
tomaremos sombra dos coqueirais
e o banho inaugural nas águas espumosas
o canto dos pássaros migratórios
cortará os ares
Cataremos conchas à beira-mar
e faremos guirlandas para ti
e rolaremos nas areias brancas
de dunas luzidias
Que me perdoe a fúria dos ventos
mas vou enfunar minha vela
e navegar em outros mares
Em uma ilha paradisíaca hei de ancorar
um toldo erguerei para dar sombra
e te levarei comigo
porque morro
de amores
morro
de amores
morro.