Não me Importa a Ira dos Ventos

Não se zangue a ira dos ventos

mas preciso velejar

partir para mares distantes

praias desertas

e tu irás comigo

Veste teu chapéu e os óculos escuros

tomaremos sombra dos coqueirais

e o banho inaugural nas águas espumosas

o canto dos pássaros migratórios

cortará os ares

Cataremos conchas à beira-mar

e faremos guirlandas para ti

e rolaremos nas areias brancas

de dunas luzidias

Que me perdoe a fúria dos ventos

mas vou enfunar minha vela

e navegar em outros mares

Em uma ilha paradisíaca hei de ancorar

um toldo erguerei para dar sombra

e te levarei comigo

porque morro

de amores

morro

de amores

morro.

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 12/01/2017
Código do texto: T5880261
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