Gotas pesadas

Nuvens finas em passadas lentas

Atravessando do norte ao sul

Outras vestidas em vestes cinzentas

Encobrindo meu céu azul.

Enquanto isso estala o trovão

Vejo faiscar relâmpagos e raios

A rachar lenha para o quentão

Parecendo minhas festas de maio.

Desenha-se chuva em minutos precisos

Em pouco tempo a luz escurece

Gotas pesadas gelo em granizo

Vento e granada que abranda com preces.

É força que vem junto à tempestade

Uma fúria louca da natureza

Que quebra o silêncio soterra cidade

E deixa destruição e tristeza.

Após a chuva ficam os sinais

Perseverança e terra molhada

Brotos e flores meus animais

Corrente rasteira que arrancou calçada.

Banco de areia buraco na rua

Desvio que permite deixar a avenida

Perigo aos que vivem no mundo da lua

Que perecem no asfalto em alguma batida.

Francisco assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 14/01/2017
Código do texto: T5882197
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