Gotas pesadas
Nuvens finas em passadas lentas
Atravessando do norte ao sul
Outras vestidas em vestes cinzentas
Encobrindo meu céu azul.
Enquanto isso estala o trovão
Vejo faiscar relâmpagos e raios
A rachar lenha para o quentão
Parecendo minhas festas de maio.
Desenha-se chuva em minutos precisos
Em pouco tempo a luz escurece
Gotas pesadas gelo em granizo
Vento e granada que abranda com preces.
É força que vem junto à tempestade
Uma fúria louca da natureza
Que quebra o silêncio soterra cidade
E deixa destruição e tristeza.
Após a chuva ficam os sinais
Perseverança e terra molhada
Brotos e flores meus animais
Corrente rasteira que arrancou calçada.
Banco de areia buraco na rua
Desvio que permite deixar a avenida
Perigo aos que vivem no mundo da lua
Que perecem no asfalto em alguma batida.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com