Afogados

Corra!

Eles não podem te alcançar...

E sonhamos, e sobrevivemos...

Louvamos o vinho e acendemos cigarros

Enquanto esperávamos a humanidade chegar

E ocupar aquele lugar vago na mesa

Para nos dizer que a liberdade é uma grande puta

Que nos engana desde sempre

Com uma divindade qualquer.

Então pudemos sair e atravessar as paredes

E as idéias.

E todo o conhecimento que tínhamos nos bolsos,

Oferecemos como esmola a um mendigo imundo.

Então choramos, como no teatro, com as almas entrelaçadas...

E fizemos amor.