Pela vidraça
Pela lente da minha vidraça
Caiam incolores fios de lã
Era a chuva que esteve escassa
Em todo período da manhã.
Parecia tecido branco
Desabando em queda livre
E eu daqui do meu banco
Tendo a sensação que tive.
Fios que o vento transava
Antes de debruçarem na calçada
Solo meu que tanto penava
Terra cheirosa quando molhada.
O telhado chorou poeira
Agora em soluços silencia
Até os pés de bananeira
Respiram livres de alegria.
E aquelas flores que estavam mal
Ficaram de pé no jardim
Perfumando a natureza em geral
Pois a obra de Deus é assim.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com