1992

É gol... E eu parado no portão... Quando a torcida gritou... Goool... É gol e é do Bugrão... Meu coração disparou... Bem no meio da passagem... Lá no alto a paisagem... É o verde e o branco da cidade... És a minha felicidade... Vou matar minha saudade... Vou cantar e viver a liberdade... Em qualquer lugar eu vou... Pois amor não se explica... A força da Tribo e a luta...

Quando eu era um menino... Fui levado lá pro Brinco... Correndo subi pro tobogã... Daí veio um sorriso... Quando entrei no paraíso... Vi surdos, repiques e caixas... Vi bandeiras e maracás... Vi os fogos e as fumaças... Papeis picados e as faixas... Foi que tudo começou... Guarani x Bragantino... Mil novecentos e noventa e dois... Lembro bem era domingo... Edu Lima e Edílson... Raudinei, Tiba e Aílton...

É gol... E eu na fila do pastel... O meu troco foi pro céu... Perdi todas as minhas moedas... Voltei correndo bem depressa... Lá pro meio da galera... Pra curti o fim da emoção... Foi um gol de muita esperteza... Centroavante teve consciência... Enfim ele usou a cabeça...

É gol... E eu comprando um sorvete... Quando a bola foi pra rede... Perdi o gol mais uma vez... Parecia até um trote... Mas amanhã tem Globo Esporte... Hoje a noite é Fantástico e Milton Neves... Tem também o Cartão Verde e o Trajano lá na mesa... Osmar Santos se despedindo da Manchete... Flavio Prado estreando na Gazeta Esportiva... E eu muito feliz da vida...

Paulo Poba
Enviado por Paulo Poba em 21/01/2017
Reeditado em 21/01/2017
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