Paliativo
A chuva que aumenta o nível do rio
É a mesma que floresce a campinas
Desloca barras de meio fio
Alaga as famosas esquinas.
Abre buraco em asfalto à surdina
A famosa casca de ovo
Obra superfaturada imagina
Engano aos olhos do povo.
A prova visível aparece
Por tão pouco tempo de uso
E a buraqueira aborrece
Prova contínua de abuso.
A cidade perde aparência
O nativo sempre reclama
Pede solução em audiência
Pelas crateras e a lama.
Cidade que ganhou magnitude
Porém sua beleza não se desponta
Para o fundador e sua juventude
Quem deveria pagar a conta?
Mas descobriram tal paliativo
Essa tapa buraco da vez
Que fique registrado em arquivo
Até as chuvas do próximo mês.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com