AS SEMENTES
Tolos os que assistem o tempo passar...
Esperam por chances que não vêm,
Acreditam em contos de fada.
A fala não expressa o pensamento...
O corpo não suporta o peso da dor,
Procuram pelo fim da estrada.
Solitários os que abandonam ideais...
Com a roupa suja do pó das ilusões
Desfeitas como castelos de areia.
Na pele, trazem suor do cansaço...
Levam com os pés descalços,
Apenas o sangue nas veias.
Pobres terras férteis deixadas pra trás,
Não aguentam mais tanta solidão!
Os homens plantam arranha-céus
E das sementes abrem mão.
O futuro será do verde ou do concreto...
O que vai brotar no chão?
Os enormes prédios imponentes
Assistem o ritmo dessa multidão...
Pessoas se esbarrando nas calçadas
Com medo, dúvidas e aflição;
Enquanto isso, o arado abandonado
Suplica sozinho por emoção.
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