Outra Forma De Nascer
Vamos mudando os passos do que somos
O chão nunca é familiar o bastante
Sempre fica uma pedra onde tropeçar
Ou um relevo para o sono que nos desliga do mundo
É o inverso do que pensávamos
Não envelhecemos desse jeito que tanto nos assusta
Nascemos mesmo é para remoçar em nosso tempo
Mas precisamos não nos aniquilar
Carecemos apurar a compreensão
Nos construir mansos para o entendimento
Quando nossa carne não puder mais nos conter
É então que nascemos para o que sempre fomos
Fortalecidos de fato para o contínuo do samsara
Com a energia de tudo que aprendemos
Enquanto a carne envelhecia
Sem mistério ciência ou magia.