Uma cadeira

Fechei a mão calejada

Encostei-me à parede do peito

Quero dar-lhe uma bofetada

Em quem falar mal de prefeito.

Sou daquele eleitor iludido

A cada quatro anos que passa

E há muito tempo punido

Com inverdades e trapaças.

Fiz até parte de campanha

Quando voltava da roça

E nunca ganhei um litro de banha

E nem pneu pra carroça.

Meu bairro não tem asfalto

Água encanada e esgoto

O mato está viçoso e bem alto

Vivo iludido feito um escroto.

Mas meu estresse está por um fio

Alguma preocupação passageira

Que apareça aqui um vadio

Quero lhe mostrar as goteiras.

As palhas ficaram velhas

E a política nunca melhora

Uma verdadeira groselha

Que pra mim passou da hora.

Mas no próximo pleito eleitoral

Vou concorrer a uma cadeira

Fazer uma mudança geral

Uma ilusão pra vida inteira.

Francisco assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 05/02/2017
Código do texto: T5903240
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