SOU HUMANO

Se firo, ferido outrora me encontrei...

Se penso, numa forma sincera lhe direi...

Nesta sociedade contemporânea de forma taxativa...

Que me julga por mostrar o que penso ainda em vida...

O gravame eu lhe digo, não havia percebido...

De que minhas palavras de certa forma ofenderiam...

Na busca inocente de uma afirmação inusitada...

Dei fé a sua atitude, tão rude e necessária...

E não basta já distante...?

Percebo que o silêncio...

Tomou lugar das poucas vezes...

De sua voz ao telefone...

Amizade vazia, de forma incoerente...

Lembranças sadias das novidades, crises...

E onde encontraria tua referência tão exata...?

Poderá eu, aquele dia, de nossos dias já ter riscado...

Saudade irmão...

Da sua família que também é minha...

Perdoe seu irmão que perante o mundo...

Ainda carrega giz de cera nas mãos e corre ao apertar campainhas...

Saudade de tu irmão.