TU NÃO TE DEIXAS MOLDAR-SE.
Tu não te deixas moldar-se aos implementos da vida,
E vais colecionar feridas que se farão insuportáveis,
Pois as maiores clausuras se transformam em pisaduras,
Que vão se aprofundando e a carne descobre o osso,
Trazendo tantos desgostos que vais implorar a morte,
E não é falta de sorte, mas tão somente uma escolha,
Pois te trancastes em tua bolha, e não destes mais ouvidos,
A quem tem te assistido em teus momentos cruciais,
A vida pode ser bem mais do que um pranto estendido,
Desde que seja percebido o canto dos passarinhos,
O assovio do vento e as ondas do mar quebrando,
Com a lua se levantando depois que o sol se deita,
Em sintonia perfeita a escuridão é quebrada,
E pessoas enamoradas se beijam com muito ardor,
Dão boas vindas ao amor, se dizem muito completas,
Neste momento de festa o homem esquece a dor,
Sente o perfume da flor e escuta a grandes serestas,
Da natureza repleta de exímios cantadores,
Sendo assim te reformule arreganhe o coração,
E busque a satisfação no aroma de um bom perfume.
LUSO POEMAS, 18/02/17