LEIA COM ATENÇÃO
Ninguém me avisou...
Sobre a dor que agora esgota...
Como muitos, só sou mais um...
Transmitindo nos olhos revolta...
Na noite, meus olhos vidrados...
E tão cansados com o passar do dia...
Acompanhada de minha dependência...
Dos medicamentos que não me aliviam...
Por meu erro, agora escuto...
De você palavras idênticas...
“ Você aqui, não demoraste?”
Meus olhos ansiosos, rimados a urgência...
Na madrugada de uma noite qualquer...
Recordo-me de seus cuidados...
Sua voz mesclada ao infinito da dor...
“ Daqui saio quando estiveres curado”
Abro os olhos aflito...
Percebo sua mão ainda no meu rosto tocando...
Mas o cansaço não demorou a lhe chegar...
Lhe cubro, dizendo baixinho “descanse”
E assim que a sanidade retomo...
Das coisas pequenas, visível importância...
O brilho da lua tão imponente...
O sereno sem pressa caindo neste instante...
Latidos afora, numa mesmice idiota...
Das pessoas tão tarde na rua querendo atenção...
No céu, estrelas roubadas, pelo tom negro azulado...
Graças a Deus, minha dor de dente parou...