Absinto (La fée verte)

A fada verde

Vai aos poucos

Tomando o meu corpo

Me fazendo refém

Aquece a minha alma

E me traz a calma

É o nirvana, o Zen.

E já não sei

Se é sonho ou delírio

O brilho de Sírio

Vejo em seu olhar

Te sinto a pele

Gosto e calor

O cheiro e respiro

Um aroma furta-cor

Mas logo

A imagem se desfaz

Numa nuvem fugaz

Sonho de amor extinto

A fada verde enfim

Me faz adormecer

E vai se esconder

Na taça de Absinto

Ricco Paes
Enviado por Ricco Paes em 06/03/2017
Código do texto: T5932245
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