Das trevas das neves.

Fez-se poesia coberta por uma nevasca,

na boca sussurrava derradeiros versos,

que suplicavam por encontro de rimas,

que enrijecidas se perderam pela neves.

Mas um tímido avassalador raio de sol,

atirou-se freneticamente sobre a rocha,

desvirginou aquela branca pedra fria,

Donde ainda suspirava minha poesia.

Criou-se na manhã o estado de poesia,

onde palavras ávidas de amor e calor,

tocavam-se em avalanche de caricias

desejos pulsantes e sedentos de amor.

E as mãos congeladas não atendiam,

delirantes apelos das palavras vitais

que aglutinadas em volta da poesia,

sentiam-se libertas, se agasalhavam.

Foi assim, que debaixo da neve densa

vi brotar uma incandescente poesia,

bela como flor de lótus e cor intensa,

assediada pela estalactite que surgia.

Toninho

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 06/03/2017
Código do texto: T5932437
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